quarta-feira, 2 de julho de 2008

Informações sobre a economia piauiense

ECONOMIA PIAUIENSE: ESTADO DE NEGÓCIOS1

Davis Rutilo do Nascimento Vilanova2

João Paulo Melo Portela

Leonardo Guilherme C. B de Oliveira

RESUMO

Este trabalho demonstra a existência de uma economia promissora no estado do Piauí, mas que infelizmente ainda revela baixos índices de desempenho econômico-social, deixando o estado em uma posição comprometedora em se tratando de uma boa participação na economia nacional. Apesar dos avanços obtidos, o Piauí não soube ou ainda não sabe aproveitar os recursos humanos e naturais existentes em seu território. O que se percebe é que, o estado tem potencial para se desenvolver, o que falta é exatamente uma boa gestão.

Palavras-chave: Piauí, economia, recursos, gestão

ABSTRACT

This work demonstrates the existence of a promising economy in the state of the Piauí, but that unhappily still it discloses to basses indices of economic-social performance, leaving the state in a engage position in if treating to a good participation in the national economy. Despite the gotten advances, the Piauí did not know or still it does not know to use to advantage existing the human resources and natural in its territory. What one perceives is that, the state has potential to develop itself, what it lacks is accurately one good management.

Key Word: Piauí, economy, resources, management





INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como objetivo expor a parte econômica do estado do Piauí, de uma forma fácil e resumida para um bom entendimento do leitor. E destacar, a importância do reconhecimento e aproveitamento dos recursos humanos e naturais existentes no estado.

ESTADO DE NEGÓCIOS

Pode-se perceber que a cada dia, o distanciamento entre o Piauí e os demais Estados nordestinos (principalmente entre Ceará e Maranhão) vem aumentando, tanto com relação ao crescimento econômico como em indicadores sociais. Enquanto estas unidades da federação equilibraram suas finanças e desenvolvem políticas inteligentes e agressivas de atração de investimentos privados, e procuram barganhar novos recursos junto ao Governo Federal, o Piauí continua a participar marginalmente deste processo. O que mais chama atenção é que, nas prioridades do Governo Federal não há referências a projetos estruturantes para a economia piauiense, o que representa uma discriminação inaceitável.

Na Bahia, existe o Pólo de Camaçari; em Alagoas o Pólo Cloquímico; em Sergipe a Petrobrás; no Rio Grande do Norte a Alcanorte; no Ceará o Terminal de Petróleo e Porto de Pecém; no Maranhão a Ferrovia Norte Sul e o Porto de Itaqui. No presente momento, o Governo Federal atende diretamente vários Estados em grandes investimentos. No Maranhão, por exemplo, está sendo viabilizada uma fábrica de celulose, no Ceará, implanta-se uma siderúrgica, um porto de grande porte e um aeroporto internacional; na região geo-econômica do Distrito Federal surgirá um porto seco, aduaneiro, e uma ferrovia, ligando Goiás a Minas Gerais, além das hidrovias que estão sendo viabilizadas no centro-oeste, Amazonas e Tocantins.

O Piauí ainda ostenta baixos índices de desempenho econômico-social, em termos de renda per capita, produto interno, educação e saúde. Com uma população de 2,8 milhões, setecentos mil habitantes estão na capital e 2,1 milhões no interior, em 221 municípios.Uma realidade demográfica marcante é a emigração.

O Estado do Piauí apresenta a maior taxa de emigração do País, com 600 mil piauienses vivendo fora do seu território, que corresponde a 21% de sua população. E apresenta-se hoje em uma visível fase de transição. Mesmo com defasagem em relação a outros Estados, o Piauí conseguiu na década de 70 implantar parte de sua infra-estrutura básica, com energia hidroelétrica, rodovias asfaltadas, água potável nas cidades, Universidade Federal e telecomunicações. Apesar dos avanços obtidos, o Piauí não aproveitou ainda todos os seus recursos naturais e humanos. O potencial produtivo é bastante significativo, mas ainda é pouco aproveitado.

O Estado possui uma grande quantidade de terras agricultáveis. Ao lado disso, detém um grande manancial hídrico, com água no solo e subsolo.

Com a globalização e a integração competitiva à economia mundial, quando certamente o Brasil se credenciará na produção de alimentos, o Piauí não poderá prescindir das chances que se apresentarão ao longo de toda a cadeia de "agro-busines”. O perigo que se quer evitar é que o Piauí, por falta de conhecimento, timidez, ou diminuta união política, não consiga uma inserção na dinâmica desta nova fase do crescimento econômico nacional, vindo novamente a perder oportunidades que surgem no contexto regional e nacional. As vantagens comparativas do Piauí começam pela maior disponibilidade de solos aptos a uma agricultura moderna. O Estado possui 1 milhão de hectares irrigáveis. Além disso, a geografia nos colocou numa excelente posição, entre a Amazônia e o restante do Nordeste facilitando a dinamização do comércio e criando possibilidades de desenvolver-se tecnologias apropriadas no aproveitamento da rica biodiversidade nessa região de transição entre a caatinga e a floresta amazônica.

Teresina, a única capital interiorizada do Nordeste já é um dos principais centros de transação econômica do Norte/Nordeste, e outras cidades, como é o caso de Parnaíba, Picos, Floriano e Corrente, já demonstram influência comercial significativa sobre os Estados vizinhos.

Outros espaços para trabalhar são os cerrados. Com 5 milhões de hectares com aptidão medida e comprovada, a regido Sudoeste pode transformar a agricultura estadual, a exemplo do que já está sendo feito em Minas Gerais, Goiás, Bahia, Maranhão e Tocantins.


Produção agrícola :

Dentre as maiores forças econômicas do estado não se pode deixar de falar da soja, plantada e colhida no sul do estado que vem gerando uma nova fonte de emprego e desenvolvimento naquela região.

Há também o benefício do caju que através de seus derivados como a cajuína, o doce e a própria fruta vem sendo exportada para os demais estados.

Um dos pontos mais fortes com que conta o Piauí é o seu enorme potencial de produção agrícola, representado pelas grandes áreas irrigáveis, totalizando 1 milhão de hectares, e uma vasta extensão de terras de cerrados, perfeitamente mecanizáveis e agricultáveis.

Em função disto, este Estado tem condições de ser um grande pólo agro-industrial, com destaque para a indústria alimentícia (óleos vegetais, massas, beneficiamento de cereais, doces, sucos de frutas e processamento integral de caju), e para a indústria têxtil e de confecções (beneficiamento do algodão e roupas).

Agricultura de Grãos:

Na região Sudoeste do Piauí e terras de cerrados, numa área abrangendo 40 municípios, encontra-se uma das maiores fronteiras agrícolas do País, com terras planas mecanizáveis e de baixo custo. Conforme estudo da Agência Japonesa de Cooperação Internacional - JICA, e do Ministério da Agricultura, os cerrados piauienses possuem 5 milhões de hectares em boas condições de exploração, que podem transformar o Piauí em um Estado não apenas auto-suficiente em alimentos como em grande produtor e exportador nacional de grãos, especialmente com as culturas da soja e arroz.

Comércio :

Não podemos deixar de fora a movimentação econômica da capital do Estado, Teresina possui uma população superior a 800 mil habitantes, com dois centros de consumo: uma na região dos shoppings e outra na área do centro da

cidade com um comércio mais variado. Dentre as maiores economias do estado temos o grupo R.Damásio e o Grupo João Claudino (J.C). O grupo R.Damásio trabalha com importação e exportação de peças para motos e bicicletas, hotéis, motéis, jornal, uma gama muito grande de empresas. O Grupo J.C possui shopping em vários estados, uma rede muito grande de armazéns, indústrias de confecções, de montagem de carrocerias, de bicicletas e muitos outros produtos.

A vocação comercial do estado é evidente. Tendo a Capital interiorizada, única do Nordeste, Teresina reúne condições geográficas privilegiadas para ser um grande entreposto de bens e serviços médicos da região Norte/Nordeste. Quatro outras cidades podem também desempenhar o papel de pólos comerciais: Parnaíba, no Norte, Picos, no Leste; Floriano, no Oeste; e Corrente, no Sul do Estado. Todas estas cidades demonstram vigor no comércio e já influem, inclusive, nas economias dos Estados vizinhos.

O Turismo :

Há também a área de turismo que vem crescendo dentro do estado do Piauí, principalmente ao sul com os Parques de preservação histórica: Serra das Confusões e Serra da Capivara e ao norte com o Litoral, que há anos no período de férias atrai turista de todo o estado e de outras áreas do nordeste.

Com suas praias não poluídas, clima de verão permanente e com o único Delta das Américas que possui mais de 70 ilhas, o litoral piauiense tem tudo para tornar-se um importante centro do turismo ecológico, com dimensão nacional e internacional. O Parque da Serra da Capivara, em São Raimundo Nonato, onde existe o registro do homem mais antigo das Américas, é uma importante atração turística.

O Parque de Sete Cidades, em Piracuruca, onde podemos presenciar a passagem dos fenícios no Continente Americano é outro destaque para o turismo arqueológico, que tem demanda mundial. O Piauí explora o fato de possuir dois dos três parques arqueológicos nacionais existentes no Nordeste .



Dados da economia Piauiense :

Participação no PIB nacional: 0,5% (2000).

Composição do PIB: agropec.: 10,3%;

ind.: 26,5%; serv.: 63,2% (1999).

PIB per capita: R$ 1.872 (2000).

    Agricultura: ana-de-açúcar (433.374 t), mandioca (432.360 t), soja (90.789 t), arroz (89.004 t), milho (83.834 t), castanha de caju (42.271 t), banana (36.591 t) (prelim. maio/2002).

Extrat.: lenha (1.647.219 m3), carnaúba (7.366 t), babaçu (6.013 t) (2000).

    Pecuária: aves (9.215.157), bovinos (1.779.456), caprinos (1.469.994), suínos (1.396.607), ovinos (1.395.960) (2000).

    Mineração: areia e cascalho (1.177.400 m3), pedra britada (807.281 m3), água mineral (24.955.840 l) (2000).

Indústria: alimentícia, de produto têxtil e de calçados (2000).

    Export.: (US$ 400,1 milhões): cera vegetal (36%), castanha de caju (13%), camarão congelado (13%), couro e pele (13%), confecções (8%).

    Import.: (US$ 15,4 milhões): couro e pele (18%), malte e lúpulo (15%), máquinas e motores (12%), produtos metalúrgicos (11%), peças e acessórios para bicicletas e motos (11%), bens de informática (8%) (2001).

Principais atividades econômicas do Estado do Piauí :

Indústrias (alimentícias, químicas, têxteis), pecuárias (bovinos e suínos), avicultura, agricultura (algodão, arroz, cana-de-açúcar, feijão, soja, laranja, caju, mandioca, milho), mineração (gesso, sal marinho, amianto, ouro, ferro, salitre, cobre, pedras preciosas e outros) e pesca.






Potencialidade Mineral do Estado :

Minerais não metálicos

Água Mineral: ocorre em Teresina, Picos e no Vale do Gurguéia; milhões de litros são engarrafados anualmente. No vale do Gurguéia ainda não existe exploração comercial.
Ardósia: suas principais ocorrências estão localizadas no norte e exploradas no município de Piracuruca.
Argila de Queima Vermelha: atende atualmente a um parque ceramista de 20 cerâmicas, distribuídas nos municípios de Teresina, Campo Maior, Picos, Piracuruca, Parnaíba, José de Freitas, Jaicós, Valença do Piauí e Floriano.
Argila de Queima Branca: ocorre em Oeiras, Jaicós a São José do Piauí. É exportada na forma bruta.
Calcário: abundante em todos os quadrantes do Estado. As jazidas em exploração estão localizadas em José de Freitas, Santa Filomena e Antonio Almeida.
Granito Ornamental: de elevada qualidade, é encontrado nos municípios de Luís Correia, Padre Marcos, Parnaíba, Paulistana, São João do Piauí e São Raimundo Nonato.
Mármore: ocorre em Pio IX, Fronteiras e Paulistanas, onde já se faz exploração comercial.
Opala: ocorre no centro-leste, principalmente em Pedro II, hoje o mais expressivo centro de produção dessa gema no Brasil.
Sal-gema: abundante no litoral piauiense, pode ser explorado para a produção de sal comum.

CONCLUSÃO

"Se o homem não sabe para que porto está navegando, nenhum vento lhe é favorável." (Sêneca)

As palavras do filósofo grego Sêneca são elucidativas e esclarecedoras. O presente documento tem um caráter amplo e histórico. Não leva em conta interesses de partidos políticos, de Governo ou segmentos sociais específicos. É resultado de uma reflexão profunda e amadurecida de todas as forças vivas de nosso Estado, que abraçaram com responsabilidade o amor a uma causa comum, que é o Piauí. É fundamental que a sociedade piauiense mude determinados paradigmas, de imobilismo e descrença. A hora exige união e crença no futuro. O sucesso da empreitada exposta neste documento vai depender dos políticos, dos governantes, a nível estadual e municipal, e de todos os grupos sociais piauienses. Será preciso muito trabalho, muita determinação e renúncia. As decisões

e as atitudes do dia-a-dia precisam estar sincronizadas com os objetivos e metas, ora traçadas para o médio e longo prazo.

O Piauí diz aqui o que é e o que deseja. Diz o que somos e o que queremos. Sabemos hoje em que porto pretendemos chegar. Por isso mesmo teremos vento favorável. O Brasil terá no Piauí um agente ativo em seu processo de desenvolvimento e na sua inquestionável grandeza.

BIBLIOGRAFIA


ECONOMIA NO PIAUÍ. Noticias. Disponível em: <>www.seaab.pi.gov.br/ materia.php?id=9670

PIAUÍ. Disponível em: <>www.brasilrepublica.hpg.ig.com.br/piaui.htm

PIAUÍ NA REDE. Disponível em : <>www.angelfire.com/tv/radioativo/economia.htm

1 Trabalho apresentado na disciplina Metodologia da Pesquisa, sob a orientação do prof. Ms Willame Carvalho

2 Acadêmicos de Administração em Marketing do Centro de Ensino Unificado de Teresina - CEUT

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